A tragédia de Santa Maria revela que ainda tem urubus que afirmam, "se
a moçada estivesse no templo, nenhum mal teria sucedido". Em tese, tal
afirmação não tem lógica e na prática é totalmente descabida.
As asneiras que tais "crentes" são capazes de reverberar machucam os
sentimentos já doloridos. O fato de estarem em uma boate, e não em um
templo evangélico, não quer dizer que foram lá para morrer e sim, para
se divertir. O fato de ser cristão, ainda não me tirou o senso de
sociabilidade e visão periférica. Agora, se a boate tinha alvará,
condições de receber a quantidade de pessoas ou se tinha superlotação.
Se era uma ilha ou armadilha, a questão agora é secundária, pois a dor e
a mortes não vão ter reversão. Contudo, os responsáveis tem de ser
punidos. E as autoridades vão ficar isentas? Os tais trovejadores
apocalipticos, esquecem que em vários templos evangélicos já foram
protagonistas de tragédias no horário do culto e outros depois. Uns
cairam na mídia como o caso do Templo da Renascer e outros não, como nos
casos dos tetos da AD justamente depois da EBD, quando não havia mais
ninguém. A lógica perversa e esquizofrenica destes maníacos não tem
nada haver com as coisas de Deus. Antes éramos pecadores destituídos e
agora pecadores remidos, mas como filhos amados. O meu Deus não é
xiita e nem vivo no talibã, com suas regras. A lógica da Palavra quanto a
tragédia, não faz de suas vítimas mais pecadoras que qualquer outra
pessoa. É preciso parar com a insana idéia do efeito fatalista. A
Bíblia diz entre outro textos, que a morte do justo ou não, é igual. A
grande questão não reside na morte física e sim mais além. Portanto,
tenhamos misericórdia daqueles que sofreram perdas no RS. Que Deus e a
nossa ajuda, ocorra de alguma forma, confortando, consolando e até
fazendo silêncio. Em vez de trovejar sandices. Que o Espírito Santo
que convence do pecado, da justiça e do juízo trabalhe em cada coração
amargurado e triste, convencendo-o e trazendo salvação. Já aos urubus
com nome de crentes, que parem de falar besteiras e sejam ao menos
humanos, sentindo respeito pela dor dos outros.
A verdade dói mas liberta, se as pessoas falassem sempre a verdade,
seria mais fácil conjugar o verbo amar. Já pensou se a igreja em vez de
falar, começasse de fato a clamar e jejuar? Atitude de oração, envolve
vontade, determinação e ação. Há certos abraços, repletos de
desconfiança. Mas já não se confia em ninguém. Tem-se de andar tal qual polícia ou barão, sempre com segurança, escudo, coleto capuz, todo blindado.
Afinal, se Deus me diz que eu sou da luz, porque tenho sempre a
impressão da sombra está na frente e há tantos impedimentos? Pelo fato
do negativismo e da má vontade. A Bíblia diz:" olhando firmemente para Jesus...." e o povo crente, olha e fala em desgraça, derrota, fracasso....
Jesus diz que eu posso e me dar forças para ir além, e não vou dar
crédito a "crente" que fala usado pelo impostor. Não vou também permitir
ser roubado. Não vou amar as trevas ante a luz e muito menos as
riquezas do que a Deus. Nem permitir zombar do Evangelho como os ateus.
Não vou repetir o ato de vender José para os ismaelitas ou Davi para
os filisteus, e muito menos adotar pastor legalista e farizeu. A verdade dói, mas sem maquiagem liberta. Quem quer paz, pode chegar e buscar na Palavra que é viva e eficaz.
Infelizmente, tem lugares que cuidam tanto da vestimenta, que
esqueceram de todo conselho de Deus. Perdeu a noção de hospital e agora é
depósito psiquiátrico. Não têm mais joelho para orar. É mídia, dinheiro, internet, legalismo, hipocrisia, nada de visitar ou evangelizar.
Eu sinto que é preciso rever conceitos. Como posso ter satisfação no
comodismo, se para o outro está reservado ira e condenação?
O
pastor Silas Malafaia decidiu processar a revista americana Forbes, que
lhe atribuiu uma fortuna de R$ 150 milhões, segundo Felipe Patury, na
coluna política da revista ÉPOCA. Segundo o colunista, o religioso diz
ter um patrimônio de R$ 6 milhões. Malafaia contratou a banca carioca de
Jorge Bassit Neto e a orientou a acionar a Forbes nos Estados Unidos.
“Vou tomar dinheiro deles sem pena”, disse o pastor.
Na
semana passada, a Forbes fez um ranking mostrando o tamanho do
patrimônio de pastores brasileiros que ficaram milionários. À frente de
Malafaia, estão Edir Macedo, da Igreja Universal do Reino de Deus, e
Valdemiro Santiago, fundador da Igreja Mundial do Poder de Deus.
'Vou ferrar esses caras (da Forbes)', declarou Malafaia em entrevista à coluna de Mônica Bergamo, no jornal Folha de S. Paulo.
O pastor disse que estima seu patrimônio em R$ 6 milhões, o que não
chegaria a 2% dos US$ 150 milhões que a Forbes atribuiu a ele.DOOU UMA MERCEDES
Malafaia
disse que a maior parte do seu patrimônio é formada por nove imóveis,
entre eles, uma casa na zona oeste do Rio de Janeiro, estimada em R$ 2,5
milhões, apartamentos para os três filhos avaliados em R$ 400 mil cada
um, e um apartamento em Boca Raton, na Flórida, no valor de R$ 500 mil. O
pastor disse ainda que doou uma Mercedes blindada à igreja que foi
presente de um empresário rico e amigo do pastor.
A
Igreja Universal do Reino de Deus divulgou um comunicado onde, entre
outras coisas, diz que Edir Macedo é dependente do seu próprio trabalho como pastor evangélico da IURD.
Leia abaixo a íntegra do comunicado da Igreja Universal do Reino de Deus:
A Verdade sempre prevalece
Tocada
pela legítima indignação dos fiéis, a Igreja Universal do Reino de Deus
(IURD) bem como seu fundador, bispo Edir Macedo, vêm a público
apresentar algumas considerações e desmentir a reportagem “Bispo Edir
Macedo é o pastor mais rico do Brasil com uma fortuna de US$ 950 milhões”, publicada pela revista “Forbes” e repercutida por vários veículos de comunicação.
Deputado Ronaldo Fonseca é pastor da AD e presidente do Conselho Político da CGADB
A disputa pela presidência da Câmara dos Deputados poderá ter um concorrente com apoio da bancada evangélica.
A eleição conta com a candidatura do deputado federal Henrique Eduardo
Alves (PMDB-RN), tido como favorito, além dos deputados Júlio Delgado
(PSB-MG) e Rose de Freitas (PMDB-ES). Estes dois últimos, tentam
convencer o pastor e deputado Ronaldo Fonseca (PR-DF) a sair candidato.
A estratégia, de acordo com informações do jornal Valor Econômico, é
baseada no princípio de que se houver maior pulverização de votos, pode
haver um segundo turno. Como a bancada evangélica é coesa, boa parte dos
votos que iriam para o favorito Henrique Eduardo Alves, seria somada ao
candidato evangélico.
O acordo entre os três parlamentares que concorrem com o deputado Alves
inclui apoio irrestrito ao candidato que passar ao segundo turno: “Nós
três representamos o novo e só os três juntos podem levar a eleição para
o segundo turno. A minha candidatura possibilita o segundo turno. Hoje
sou o fiel da balança para ter segundo turno”, afirmou Ronaldo Fonseca,
que é pastor da Assembleia de Deus e presidente do Conselho Político
Nacional da Convenção Geral das Assembleias de Deus no Brasil (CGADB).
Outro político que tem dado apoio ao pastor Fonseca é Anthony Garotinho
(PR-RJ), que deverá assumir a liderança da bancada do PR na atual
legislatura. “Garotinho é um amigo, já trabalhei com ele no Rio. Prezo
bastante ele, é um grande político. Ele declarou o voto em mim e
simpatiza com a minha candidatura”, revelou Ronaldo Fonseca.
A reportagem descreve Fonseca como “um dos evangélicos mais aguerridos
da Câmara”, que sempre “está presente em todos os debates que envolvem
temas como família e comportamento”. O político é um dos que atuaram de
forma intensa na busca pela proibição do kit gay. do Gospel + Valor Econômico
Foto 1 de 5 - A
revista "Forbes" listou os milionários entre os bispos fundadores das
maiores igrejas evangélicas do Brasil. Edir Macedo, fundador e líder da
Igreja Universal do Reino de Deus, tem fortuna estimada em quase R$ 2
bilhões e lidera a lista MaisAgNews
"Religião sempre foi um negócio lucrativo." Assim começa uma reportagem da revista americana "Forbes" sobre os milionários bispos fundadores das maiores igrejas evangélicas do Brasil.
A revista fez um ranking com os líderes mais ricos. No topo da lista,
está o bispo Edir Macedo, que tem uma fortuna estimada em R$ 2 bilhões,
segundo a revista.
Em seguida, vem Valdemiro Santiago, com R$ 400 milhões; Silas Malafaia,
com R$ 300 milhões; R. R. Soares, com R$ 250 milhões; e Estevan
Hernandes Filho e a bispa Sônia, com R$ 120 milhões juntos.
Os seis líderes evangélicos milionários, segundo a "Forbes"
Nome
Fortuna
Igreja
Edir Macedo
R$ 2 bi
Igreja Universal do Reino de Deus
Valdemiro Santiago
R$ 400 mi
Igreja Mundial do Poder de Deus
Silas Malafaia
R$ 300 mi
Assembleia de Deus Vitória em Cristo
R.R. Soares
R$ 250 mi
Igreja Internacional da Graça de Deus
Estevam Hernandes Filho e bispa Sônia
R$ 120 milhões
Igreja Renascer
Fonte: "Forbes"
Edir Macedo, fundador e líder da Igreja Universal do Reino de Deus,
além de ser o pastor mais rico do Brasil, possui templos até nos Estados
e um jatinho particular, de modelo Bombardier Global Express XRS,
estimado em R$ 90 milhões.
Macedo tem 10 milhões de livros vendidos, alguns deles extremamente críticos à Igreja Católica e a algumas religiões africanas.
Seu maior movimento aconteceu na década de 1980, quando adquiriu a rede
Record, a segunda maior emissora do Brasil. Além disso, é dono do
jornal "Folha Universal", que tem uma circulação de 2,5 milhões de
exemplares, e da gravadora Record News.
Seguindo os passos de Macedo, Valdemiro Santiago é ex-pastor da Igreja
Universal do Reino de Deus. Após se desentender com o chefe, ele fundou
sua própria igreja: a Igreja Mundial do Poder de Deus, que tem 900 mil
seguidores e mais de 4.000 templos, muitos deles adornados com imagens
dele. Sua fortuna é estimada em R$ 400 milhões.
Silas Malafaia é líder da Assembleia de Deus, a maior igreja
pentecostal brasileira. Entre os pastores, ele é o mais polêmico, e se
envolve frequentemente em controvérsias com a comunidade gay do Brasil,
já que declara ser o maior opositor ao casamento gay.
Ele também é uma figura proeminente no Twitter, onde possui mais de 440 mil seguidores.
Em 2011, Malafaia, cuja fortuna é estimada em R$ 300 milhões, lançou
uma campanha a fim de arrecadar R$ 1 bilhão para a sua igreja, com o
intuito de criar uma emissora de televisão global, que seria transmitida
em 137 países. Os interessados podem contribuir com somas a partir de
R$ 1.000, e em troca receberão um livro.
Já o cantor, compositor e televangelista Romildo Ribeiro Soares,
conhecido como R. R. Soares, é possivelmente o mais multimídia entre os
pastores brasileiros. Fundador da Igreja Internacional da Graça de Deus,
R. R. Soares é uma das faces mais regulares da TV brasileira.
Ele também é ex-membro da Igreja Universal do Reino de Deus, além de
ser cunhado de Macedo. Autointitulado "missionário", tem uma fortuna
estimada em R$ 250 milhões. Seu jatinho particular, de modelo King Air
350, custa "apenas" R$ 10 milhões.
Fundadores da Renascer em Cristo, o "apóstolo" Estevam Hernandes Filho e
sua mulher, a "bispa" Sônia, possuem mais de mil igrejas no Brasil e no
exterior – várias delas na Flórida, nos Estados Unidos.
Com uma fortuna estimada em R$ 120 milhões, o casal foi manchete dos
jornais internacionais em 2007,quando foram presos em Miami sob a
acusação de levarem consigo mais de R$ 100 mil não–declarados. Algumas
notas estavam escondidas em meio às páginas da Bíblia, segundo agentes
norte-americanos.
Eles voltaram ao Brasil um ano depois, onde respondem por outros
crimes, entre eles a queda do teto de um de seus templos, que deixou
nove pessoas mortas em 2009.
Entre seus ex-fiéis mais conhecidos, está o jogador de futebol Kaká,
que doou mais de R$ 2 milhões no período em que frequentou a igreja. Ele
deixou a instituição após as denúncias de fraude envolvendo o casal
Hernandes.
Ser um pastor evangélico no Brasil é o sonho de muitas pessoas, de
acordo com a Forbes. Diferente de muitas igrejas protestantes, que
requerem que seus pastores tenham uma graduação, as igrejas
neopentecostais brasileiras oferecem cursos intensivos para "criar"
pastores com um custo de R$ 700, para poucos dias de aula.
Não é apenas uma questão de dinheiro – Malafaia, por exemplo, chega a
pagar salários de R$ 20 mil a seus pastores mais talentosos – mas também
de poder, segundo a reportagem.
Muitos pastores brasileiros conseguiram passaportes diplomáticos
nos últimos anos. Alguns, especialmente os mais ricos, são cortejados
por políticos em época de eleições. Para finalizar, igrejas são isentas
de impostos.
Crescimento os evangélicos
A Forbes também destaca o crescimento dos evangélicos no Brasil --de
15,4% para 22,2% da população na última década--, em detrimento dos
católicos. Hoje, os católicos romanos somam 64,6% da população, ou 123
milhões de brasileiros. Os evangélicos, por sua vez, já somam 42
milhões, em uma população total de 191 milhões de pessoas.
Para a revista, um dos motivos do crescimento de religiões evangélicas
se dá graças à teologia da prosperidade, segundo a qual o progresso
material é resultado dos favores de Deus. Enquanto o catolicismo ainda
prega um olhar conservador sobre o além-vida, os evangélicos --sobretudo
os neopentecostais-- são ensinados a ter prosperidade nesta vida.
A fórmula parece estar funcionando. De acordo com a revista, os
evangélicos formam uma parte da nova classe média brasileira, conhecida
como classe C. Enquanto isso, os mais ricos e os mais pobres permanecem
católicos.
Os evangélicos não só usufruem de seus bens como doam uma parte de sua
renda à igreja – prática conhecida como "dízimo" e que também está
presente em outras religiões cristãs. Isto faz com que certas igrejas
pentecostais sejam negócios altamente lucrativos, e seus líderes,
milionários. É a chamada "indústria da fé".
Outro lado
O pastor Silas Malafaia afirmou, por sua vez, que sua renda pessoal não
é a informada pela revista Forbes. "Se juntarmos a receita da igreja
Assembleia de Deus Vitória em Cristo, que não é minha, mais a renda da
Associação Vitória em Cristo, que não é minha, mais o faturamento da
Editora Central Gospel, que é de minha propriedade, mais as ofertas
voluntárias que recebo pelas palestras ministradas, chegaremos
aproximadamente à metade do que foi anunciado pela Forbes como minha
renda pessoal anual", disse, em uma nota.
"Tudo o que tenho está declarado na Receita Federal. Não devo e não
temo a nada", continuou. Malafaia ainda destacou que "o que está em jogo
é uma mensagem para criar na sociedade preconceito contra pastores e
igrejas evangélicas".
Ele reiterou que não recebe "salário de igreja nenhuma" e informou que a Forbes "será inquirida judicialmente".
Não há coisa melhor do que
sentir a glória de Deus. Tem muita gente que não entende, e só entende, quem
passa pelo holocausto e fica limpo pelo sangue de Jesus. A sensação da glória e do poder é inenarrável. Não se pode explicar
a graça e a misericórdia para com um ser, tal como eu, que estava destituído da
glória, passando a ter status de filho do Eterno,
do Todo Poderoso, do Magnífico, Maravilhoso, Conselheiro, Deus Forte,
Majestoso, Príncipe da Paz...... Tudo pela graça e misericórdia dEle que me substituiu no madeiro,
pagando a dívida, levou todo o meu mal e rasgou o escrito contra a minha
pessoa, e dando-me liberdade, cura e perdão para viver plena e abundantemente a
gloriosa paz, desde quando o véu rasgou-se de alto abaixo. Aí Ele desceu as
partes mais baixas da terra, tomou as chaves do adversário e ressuscitou ao
terceiro dia. Ainda assim, Jesus achou pouco, arrasou com o inimigo e adiantou o
Espírito Santo para provar que Ele não vai falhar com a sua Palavra (onde nunca
jamais falhou). Agora, o meu caminho tem adversidades, jugo e fardo, mas tem
luz e a rota é de sacerdote à Rei. Aqui continuo sem ter as riquezas, daquelas que o ladrão , a traça
e a ferrugem conseguem alterar o valor. Mas a glória e a esperança de vida, a
cada dia aumenta, junto a expectativa,de estar naquela casa que está muito
além, muito além do que se possa imaginar, num belo lugar onde Cristo foi
preparar. Esta alegria quero compartilhar com todos, mas especialmente a você
que está cansado e parece que tudo e todos são iguais. Muito além do sol está o
lugar que Jesus falou e não vai falhar em vir nos buscar. Retorna ao teu lugar
ao lado do Pai, pede perdão, recebe justificação, regeneração, santificação,
nome escrito no livro da vida e certeza de viver um vida de glória. O inimigo
quer que a gente olhe para baixo. A Palavra de Deus ensina a olharmos
firmemente para o Autor e Consumador da Fé.certeza de viver um vida de glória.
O inimigo quer que a gente olhe para baixo. A Palavra de Deus ensina a olharmos
firmemente para o Autor e Consumador da Fé.
Era início de tarde de uma terça-feira de dezembro quando um ônibus
saiu da Igreja Evangélica Assembleia de Deus do Bom Retiro, localizada
na Barra Funda, rumo a Águas de Lindoia. “Que Deus abra o caminho contra
as sílabas do maligno”, anunciou o guia da excursão, antes de o veículo
dar a partida. Na cidade do interior do estado ocorreria a quarta
edição da Escola de Líderes da Associação Vitória em Cristo (Eslavec),
um dos maiores cursos nacionais para a formação de pastores. Durante
quatro dias, cerca de 5.000 alunos, vindos da capital paulista, do
interior e de várias regiões do país, compareceram ao intensivão gospel,
incluindo o repórter de VEJA SÃO PAULO, que pagou R$ 700,00 pela
inscrição e não se identificou como jornalista na ocasião.
O criador e principal instrutor do evento é o religioso Silas Malafaia,
presidente da Assembleia de Deus Vitória em Cristo, que reúne 120
igrejas no Brasil. A entidade começou no Rio de Janeiro, onde mantém até
hoje sua base. Está entre as prioridades atuais acelerar a expansão em
São Paulo. Aqui, ele planeja abrir templo próprio em 2014 (por enquanto,
Malafaia prega semanalmente na Assembleia de Deus do Bom Retiro, de
Jabes Alencar) e mais de 250 outros endereços num prazo de dez anos.
No trajeto de 180 quilômetros até Águas de Lindoia, foi possível
começar a conhecer melhor o público variado atraído pela Eslavec. Havia
pastores formados que encaravam a oportunidade como uma espécie de
pós-graduação na área, muitos fiéis interessados em transformar a
vocação num trabalho remunerado (Malafaia chega a pagar salários mensais
de até R$ 22.000 aos maiores talentos) e alguns curiosos. Quase todos
carregavam uma Bíblia na mão durante a viagem. A maioria dos
rapazes vestia calça de tergal e camisa social, enquanto as mulheres
trajavam saia jeans até a altura do tornozelo. Destoavam apenas uma
bolsa Louis Vuitton no braço de uma senhora e um reluzente relógio Gucci
no pulso de uma dona de casa, moradora do bairro de Higienópolis.
Wesley Rebustini, de 28 anos: cinco novas igrejas em 2013
(Foto:
Mario Rodrigues
)
No caminho, um grupo se reuniu no fundo do ônibus para discutir
assuntos variados. Celebraram a maior presença evangélica na programação
da Rede Globo, comentaram o movimento homossexual (“É uma tirania, esse
povo quer ter mais direitos que o resto da população”, afirmou um
homem) e esconjuraram o Carnaval (“Uma grande tentação para os jovens”,
definiu um senhor, sob os olhares de aprovação dos demais). Uma mulher
aparentando cerca de 40 anos contou que quase perdera a oportunidade de
estar ali devido a um acidente no qual rompeu o ligamento do pé direito.
“Entrei no Google para aprender alguns exercícios de fisioterapia, ungi
a região e agora estou nova”, explicou. O percurso de quase três horas
ocorreu num clima de tranquilidade, quebrado apenas numa ocasião pelo
grito de uma passageira. “Onde está o repelente, Senhor?”, dizia ela,
incomodada com os mosquitos zunindo sobre sua cabeça. “Misericórdia, meu
Jesus!”, bufava, enquanto desferia golpes no ar com um travesseiro.
Em Águas de Lindoia, essa turma e as demais foram divididas em
dezesseis hotéis do município reservados exclusivamente aos evangélicos.
No Casablanca, que hospedou o repórter de VEJA SÃO PAULO, com diárias a
partir de R$ 208,00 fora do período do evento, o quarto era partilhado
com outros três participantes, todos eles pastores (um de Mato Grosso do
Sul, outro do Maranhão e o último do Pará). No frigobar, havia apenas
água mineral e refrigerantes. Por ordem dos responsáveis pela Eslavec,
bebidas alcoólicas são proibidas durante os dias do curso. Os
organizadores investiram R$ 4 milhões para realizar o evento e
distribuíram, de graça, 3.000 matrículas num sorteio promovido pelo site
da igreja de Malafaia. Uma das contempladas, a paulistana Sarah Leitão,
de 21 anos, diz ter recebido um chamado de Deus para ser pastora.
“Minha hora vai chegar”, confiava ela.
Sarah Leitão, de 21 anos: “recebi um chamado de Deus para ser pastora”
(Foto:
Mario Rodrigues
)
A apresentação de Malafaia abriu as atividades, realizadas num centro
de convenções. Quando ele surgiu no palco, muitos levantaram seus
smartphones e tablets para fazer fotos e vídeos. Malafaia concentrou sua
fala nas qualidades essenciais a um bom líder. Entre elas, está a de
sempre honrar o pacto de fidelidade à sua igreja de origem, numa alusão
clara aos que deixam os templos levando junto parte do rebanho e do
respectivo dízimo. “Temos de respeitar quem nos tirou a fralda no
Evangelho”, afirmou, ganhando aplausos do público. Antes de cada
palestra, uma espécie de supermercado da fé tomava conta do local, com
anúncios de descontos em livros, DVDs e CDs evangélicos. “Você compra
com cheques para trinta ou sessenta dias, revende ao pessoal da sua
igreja e ainda ganha um cascalho”, sugeriu Malafaia.
Outros colegas deram prosseguimento aos trabalhos, enfatizando sempre
as regras do ofício que consideram sagradas. Quando um pregador for
designado para uma cidade distante da sua, por exemplo, deverá sempre
comprar um imóvel para estabelecer raízes e não se sentir um exilado. “A
população local vê essa atitude com bons olhos”, disse o pastor Silmar
Coelho. Adultério e prática homossexual são pecados imperdoáveis. Para
deixar claro quanto a família é importante, a mulher do religioso deve
estar sempre presente nas atividades e orações. “Ajuda a não dar margem a
fofocas”, justificou Coelho, usando em seguida um exemplo pessoal para
reforçar esse ponto de vista. “Quando minha esposa estava grávida,
chegou a acompanhar meu culto, mesmo sofrendo graves dores nas costas”,
relatou. Mais aplausos da plateia.
Num cercadinho onde só entravam convidados da organização, havia uma
área vip para alguns estudantes, ocupada por pessoas como Sarah Sheeva,
uma das filhas do casal de cantores Baby do Brasil e Pepeu Gomes. “Fui
ungida pastora adjunta da minha igreja no Rio, a Celular Internacional,
então não ganho salário e vivo da venda dos meus livros”, afirmou. As
obras em questão são de literatura gospel — Onde Foi que Eu Errei, sobre a aflição dos pais que se perguntam por que os filhos foram para o caminho errado, e Defraudação Emocional, título de autoajuda para evitar tropeços na vida sentimental.
Sarah Sheeva: integrante da plateia vip
(Foto:
Mario Rodrigues
)
Outra grande estrela da Eslavec foi o americano T.D. Jakes, da Potter’s
House, de Dallas, uma das maiores igrejas evangélicas dos Estados
Unidos. Em seu currículo, constam feitos como a realização do discurso
de despedida no funeral da cantora Whitney Houston, em fevereiro de
2012. “Ele cobra US$ 300.000 por palestra, mas para mim fez por US$
60.000”, contou Malafaia. A cada fala do americano, um negro forte e
alto, o pastor Gidalti Alencar, baixo e mirrado, traduzia sua fala
remedando seus gestos com as mãos. “Os jovens estão com a força e devem
assumir a vocação que Deus lhes deu, conquistando fiéis com a palavra do
Senhor”, pregou o bispo de Dallas. Numa de suas aulas, pediu aos alunos
entre 18 e 25 anos que entoassem uma oração à meia-noite daquele dia.
Aplicados, os aprendizes promoveram rezas, gritos e cantorias no horário
combinado, fazendo com que os hotéis onde estavam hospedados tivessem
um clima de rave de Jesus.
Nos últimos anos, os evangélicos vêm crescendo rapidamente no país. Só
na cidade de São Paulo, os adeptos passaram de 1,6 milhão de pessoas, em
2000, para 2,5 milhões, em 2010, representando hoje 22% da população da
metrópole. Com mais rebanho para cuidar, aumentou também a necessidade
de acelerar a formação dos pastores. O evento da Eslavec é um exemplo do
atual grau de profissionalização do negócio. “Temos muitos pastores em
ação, mas poucos são verdadeiramente qualificados”, afirmou Malafaia.
Na capital, atuam aproximadamente 30.000 líderes da religião, segundo
estimativa do Sindicato dos Ministros de Cultos Religiosos Evangélicos e
Trabalhadores Assemelhados do Estado de São Paulo. Criada em 1999, a
entidade surgiu com o objetivo de garantir os direitos trabalhistas da
categoria. “Para não aumentarem seus custos, alguns donos de igrejas não
remuneravam de forma adequada, e a Justiça demorou a aceitar que essa
era uma profissão como as outras, com direitos e deveres da parte do
empregador e do empregado”, explica José Lauro Coutinho, pastor da
Assembleia de Deus e fundador do sindicato. Segundo seus cálculos, cerca
de cinquenta evangelizadores moveram ações nos últimos dez anos
cobrando dívidas e pedindo indenizações.
Valdemiro Santiago: parte do dízimo engorda a renda dos funcionários
(Foto:
Hélio Hilarião/Folhapress
)
Atualmente, de modo geral, a política das principais igrejas é
valorizar a mão de obra, protegendo-a da cobiça das concorrentes. Comuns
no meio corporativo, as estratégias para reter talentos e premiar
funcionários que cumprem metas de lucros foram incorporadas ao mundo
neopentecostal por Edir Macedo, da Igreja Universal do Reino de Deus.
Nos anos 90, quando ela passava por um forte processo de expansão,
Macedo criou um meio de supervisionar seus encarregados. Eles
permaneciam, em média, de um a dois anos em um templo para evitar que
saíssem para abrir a própria igreja, levando os fiéis.
É o que se propõe a responder o artigo abaixo, publicado no IHU:
Mounier e o desafio da civilização cristã
Mounier
interroga a história. Ele sublinha que, na origem do cristianismo,
estabeleceu-se um dualismo entre cristianismo e civilização. Tem-se,
portanto, uma dupla corrente: "Uma é o caminho da Igreja, a vida
cristã", a outra, o da civilização.
A análise
é do filósofo francês Guy Coq, presidente da Associação dos Amigos de
Emmanuel Mounier e membro de redação da revista Esprit. O artigo foi
publicado no jornal Avvenire, 15-12-2012. A tradução é de Moisés
Sbardelotto.
Eis o texto.
A
polêmica da laicidade na França depois da guerra se centrou na questão
da escola católica. Foi precisamente sobre essa tensão que a revista
Esprit publicou em março de 1949 um dossiê considerável: "Propostas de
paz para a escola". No pós-guerra, a diatribe sobre o funcionamento da
escola católica com a participação do Estado perturbaria o debate
democrático. Seguir-se-ia disso uma aliança impossível entre a
democracia cristã (MRP) e o Partido Socialista.
A
equipe da Esprit se orientava para a autonomia de um sistema de ensino
descentralizado e unificado, gerido por uma estrutura tripartite:
Estado, trabalhadores, famílias. O projeto tinha um acento utópico, mas o
dossiê teve o efeito de fazer conhecer melhor a escola laica para os
católicos ligados à escola confessional, e a escola confessional aos
defensores da escola laica.
Pouco
depois desse dossiê, a Esprit publicou um significativo artigo
intitulado "O cristianismo e a laicidade", escrito por Joseph Vialatoux,
professor no ensino superior católico e André Latreille, professor da
universidade estatal.
Esse
texto obteve uma acolhida considerável, e não somente no mundo
católico. Talvez é o assunto mais forte, porque os católicos jogam sem
reservas a carta da laicidade e, ao mesmo tempo, uma reflexão sólida
sobre o sentido da laicidade. Alguns que não o leram o conhecem com uma
fórmula muitas vezes repetida e comentada: "A laicidade expressa
juridicamente a liberdade do ato de fé". Esta é, portanto, a sua
"projeção jurídica".
Isso
se explica, dizem os autores, pelo fato de que ela supõe que o Estado
reconheça os seus limites: as opções últimas estão além da sua
competência. É, portanto, ilegítimo por sua parte pretender "empenhar o
espírito no âmbito da sua liberdade mais profunda".
Além
disso, os autores respondem àqueles que poderiam suspeitar que a
laicidade provoca um enfraquecimento das certezas. Estas podem ser
afirmadas plenamente, mas no respeito absoluto da liberdade de crer ou
de não crer, sem o que o cuidado da verdade é ilusório. É impossível ter
acesso à verdade da fé se não se é livre.
O
velho argumento clerical da articulação entre as teses e as hipóteses
cai por terra. Ele consistia em dizer: idealmente, os cristãos
esperariam que o Estado fosse cristão, essa é a tese. Mas a hipótese
defende: os desafios da história fazem com que a sociedade se
caracterize por uma pluralidade de religiões, portanto deve-se tolerar o
Estado laico, esperando poder reencontrar o Estado cristão. Essa é a
"tolerância mal suportada".
Os
autores criticam uma espécie de desprezo pela liberdade, uma negação da
liberdade religiosa. Mas se levarmos a liberdade ao coração do
raciocínio, a própria ideia de um Estado religioso se torna inaceitável.
A
laicidade é desejável em si mesma, até do ponto de vista do crente:
"Não se trata mais, portanto, de dizer que uma autêntica laicidade é
aceitável pela Igreja, assumindo uma atitude puramente negativa, como se
se recuasse diante de um ataque e se confessasse a retirada tirando o
melhor proveito disso. É típico de quem está em exílio da interioridade.
É supor que o católico não quer plenamente essa laicidade e que a
tolera, sempre à espera do dia em que poderá suprimi-la em nome da sua
religião. É preciso dizer que uma autêntica laicidade deve ser desejada e
querida pelo cristianismo, seja pelas vantagens que a vida da
civilização humana dela obtém, seja pelas vantagens que a vida de fé
dela obtém".
Em
um texto muito importante, em que se enfatiza o acordo com esse título e
com a orientação anunciada, Henri-Irénée Marrou afirma: "Estamos
prestes a interromper na história da Igreja aquele parêntese aberto com a
conversão de Constantino, ou, talvez, mais precisamente, no que se
refere ao Ocidente, com as invasões bárbaras: a cristandade". Foi
possível encontrar essa ideia nas dobras do Vaticano II.
Muitos
textos retomados por Mounier desenvolvem, sem saber, a perspectiva em
que o Concílio se situaria, no momento certo. O interesse e a
modernidade da abordagem que caracteriza Mounier é o fato de que ele se
coloca, como Marrou, do lado da civilização.
A
questão fundamental, então, se torna: o objetivo do cristianismo
consiste em construir uma civilização cristã? Marrou esclarece o sentido
da pergunta, ou seja, "uma civilização em que tudo, instituições,
técnicas, costumes, objetivos se submetam à verdade cristã, como um meio
para o seu fim, ou melhor, como fins subordinados a um fim de ordem
superior?".
Para
responder à pergunta, Mounier interroga a história. Ele sublinha que,
na origem do cristianismo, estabeleceu-se um dualismo entre cristianismo
e civilização. Tem-se, portanto, uma dupla corrente: "Uma é o caminho
da Igreja, a vida cristã", a outra, o da civilização.
Nos
primeiros séculos, os cristãos se integraram na civilização romana...
salvo em um ponto, a idolatria (paganismo). Mas "tudo ocorreu como se a
moral cristã não pressionasse o direito e as instituições". Quanto à
influência considerável dos monges, desde os primeiros tempos da Idade
Média, sabemos que eles fundaram cidades, desenvolveram a agricultura,
criaram uma civilização agrícola. A Igreja "se insere nas estruturas
temporais (século VII), a ponto de ceder a elas antes da reforma
gregoriana", mas se chegaria a teorizar tal confusão entre Igreja e
governo do mundo apenas muito mais tarde. No entanto, o projeto
teocrático não se realizou: sempre houve dois poderes, duas sociedades. A
utopia teocrática permanece substancialmente uma tentação.
Dessa
síntese histórica do qual deu apenas um leve evocação, Mounier tira uma
conclusão iluminadora: "O que mais inquieta é a ausência de intenção de
realizar uma civilização de marca cristã, desejada e busca como
civilização original, a ponto de olhar para um reino estranho a este
mundo, embora comece a partir deste mundo e utilize os meios deste
mundo".
É
preciso concluir com uma radical indiferença do cristianismo pelo
destino da civilização e pelo o futuro da cidade dos homens?
Absolutamente não. O desprezo pelo sensível e pelo tempo não é cristão:
"Não devemos trazer o espiritual para o temporal. Ele já está lá. O
nosso papel é o de descobri-lo e de fazê-lo viver, de comunicá-lo de
forma adequada. O que é temporal, na sua inteireza, é o sacramento do
Reino de Deus".
De
fato, a influência do cristianismo sobre a civilização foi
considerável, mas não se desenvolveu segundo um modelo de domínio que
tende a impor a ideia de cristandade. Mounier acrescenta: "Como religião
da universal imitação de Cristo encarnado, o cristianismo pede ao ser
humano uma presença ativa em tudo o que é temporal".
A
questão a que Mounier consagra uma boa parte da sua reflexão: como o
cristianismo influenciou para otimizar o processo de civilização? O
adendo é claro: como devem ser pensadas hoje as relações entre
cristianismo e civilização? Seria preciso percorrer os detalhes da
análise. Mounier fala de uma influência da fé cristã, que se exerce de
modo lateral, indireto, ondulante. E ele insiste no fato de que é a fé
que atua, e não o poder político da Igreja. De fato, a rejeição do culto
a César acaba desestabilizando o império e, com o tempo, o "dai a
César" abalará a confusão entre política e religião.
É
quando o cristianismo se aprofunda e se enraíza verdadeiramente no
Evangelho que dá o melhor de si à civilização. A influência do
cristianismo se exerce às vezes de modo negativo por "dissociação". De
fato, ele não contém nenhuma rejeição total de Roma, mas combate a
idolatria e tende a dissociá-la do poder. "De agora em diante, onde quer
que se reconstrua o Estado-Moloch, o cristianismo, incansavelmente,
injetará o seu poder dissociador".