quarta-feira, 17 de agosto de 2011

A IGREJA E OS QUE NÃO SE CONVERTERÃO NUNCA

5999117915_f7bcaea50b_m Há dois extremos que precisamos evitar quando o assunto é a relação entre evangelização e ativismo político-social: resumir a missão da igreja ao ativismo social e restringi-la à evangelização que gera cristãos mimados e indiferentes.
Tentar transformar a realidade sem a pregação pode representar tirar o favelado da favela sem tirar a favela do seu coração. Mas pregar o evangelho para quem não quer ouvir e não aceita a nossa cosmovisão, e que por isso mesmo -recusa-se a lidar com os problemas sociais a partir dos pressupostos intelectuais cristãos-, além de ser perda de tempo, não nos exime de ter que sentar à mesa com essa mesma pessoa e discutir políticas públicas que determinarão o destino tanto dela quanto nosso.
A fé não é de todos. Parte do chamado da igreja é dialogar com a sociedade não cristã, composta por milhares que não se converterão nunca, e encontrar saídas para problemas sociais que todos enfrentamos. Estamos no mesmo barco. Os votos têm o mesmo valor. Você marca uma audiência com alguém, como o secretário de segurança, por exemplo. Vamos dizer que você pregou o evangelho pra ele. Ótimo. Mas, o que falar dos quase 5 mil mortos pela polícia em operações em áreas pobres da cidade? O que devemos dizer a ele para além de "Jesus Cristo é o Senhor"?
A luta pela justiça social é corolário da verdadeira pregação. Levar o amor de Deus, pela via do evangelismo, aos que não o conhecem envolverá sempre a prática do evangelho. Caso contrário, você estará levando uma mensagem que será ouvida por quem não crê que você crê.

do Palavra Plena

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