A tragédia de Santa Maria revela que ainda tem urubus que afirmam, "se a moçada estivesse no templo, nenhum mal teria sucedido". Em tese, tal afirmação não tem lógica e na prática é totalmente descabida.
As asneiras que tais "crentes" são capazes de reverberar machucam os sentimentos já doloridos. O fato de estarem em uma boate, e não em um templo evangélico, não quer dizer que foram lá para morrer e sim, para se divertir. O fato de ser cristão, ainda não me tirou o senso de sociabilidade e visão periférica.
Agora, se a boate tinha alvará, condições de receber a quantidade de pessoas ou se tinha superlotação. Se era uma ilha ou armadilha, a questão agora é secundária, pois a dor e a mortes não vão ter reversão. Contudo, os responsáveis tem de ser punidos. E as autoridades vão ficar isentas?
Os tais trovejadores apocalipticos, esquecem que em vários templos evangélicos já foram protagonistas de tragédias no horário do culto e outros depois. Uns cairam na mídia como o caso do Templo da Renascer e outros não, como nos casos dos tetos da AD justamente depois da EBD, quando não havia mais ninguém.
A lógica perversa e esquizofrenica destes maníacos não tem nada haver com as coisas de Deus. Antes éramos pecadores destituídos e agora pecadores remidos, mas como filhos amados.
O meu Deus não é xiita e nem vivo no talibã, com suas regras. A lógica da Palavra quanto a tragédia, não faz de suas vítimas mais pecadoras que qualquer outra pessoa.
É preciso parar com a insana idéia do efeito fatalista. A Bíblia diz entre outro textos, que a morte do justo ou não, é igual. A grande questão não reside na morte física e sim mais além. Portanto, tenhamos misericórdia daqueles que sofreram perdas no RS. Que Deus e a nossa ajuda, ocorra de alguma forma, confortando, consolando e até fazendo silêncio. Em vez de trovejar sandices.
Que o Espírito Santo que convence do pecado, da justiça e do juízo trabalhe em cada coração amargurado e triste, convencendo-o e trazendo salvação. Já aos urubus com nome de crentes, que parem de falar besteiras e sejam ao menos humanos, sentindo respeito pela dor dos outros.
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